segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O artista rabisca, na folha branca, a arte da vida e sem borracha erra os traços. Deixa as marcas do seu traçado, mas segue adiante. A vida segue em cada canto, em cada instante. De repente se repete em outras folhas brancas os mesmos traços, com erros diferentes dos de então, ou traços diferentes com rumos semelhantes. Com o passar do tempo se faz os mesmos erros em traços distintos. A folha branca, límpida, é a incerteza do futuro. Viver é rabiscar forte na folha branca. Eu rabisco forte e percebo que já não faria o traço da mesma forma. Passam-se os instantes, faz-se os traços e ficam as marcas. Assim como vão-se os anéis e ficam os dedos.

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