quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Nostalgia - à minha avó

O sol reflete em meu olho e ofusca o que eu vejo logo a frente. Fecho os olhos e sei que posso sentir e reviver o cheiro de sol e recém lavado dos lençois cor-de-rosa da minha avó e eles parecem estarem sendo balançados frente ao meu olhar, como em uma coreografia sútil que relembra aquelas brincadeiras de nós quatro. Marília, Rodrigo, Mano e eu: os quatro primos. Sempre nós e eu sempre menor...

Memórias.

Memórias pintadas com os batons da minha avó.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo meu deus como você me doía de vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu deus mas como você me dói de vez em quando.

- Caio Fernando Abreu

domingo, 4 de novembro de 2007

não chorar pelo que não foi

Não fale agora, por favor, já é tarde demais. Deixe-me ir. Não se manifeste e não me toque, por favor, não quero ficar vulnerável novamente. Não fale o que você não sente, eu percebo nestes olhos que você não diz a verdade e eu finjo não te dizer o que eu sinto aqui dentro. Mas tu vês, assim como eu vejo.
O momento já foi quebrado, a história já foi rompida, o choro já cessou e minha vontade de te ter continua imensa.

Boa noite! Um, dois, três beijos...

Nada justifica o inevitável!

"Foi quando eu senti, mais uma vez, que amar não tem remédio".