segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

de como é fácil rir do teu lado

(Reli algumas postagens antigas, lembrei de alguns momentos...)

Foi assim que me dei conta que foi tu quem esteve comigo nos momentos mais felizes que eu tenho tido,

...

Perto, mesmo longe.

Quero falar de nós, se mais de mim ou de ti, isso tanto faz. Tua falta é cada vez mais presente por aqui ou por tudo que chamo de meu. Nesses dias quentes, saio do banho e ando pela casa de calcinha e blusa e imagino talvez o que tu iria me dizer. Ia rir com teu jeito único de fazê-lo, provavelmente, ou observar o quanto me sinto a vontade contigo.
Como se tua voz viesse até mim, atravessando nossos quilômetros de distância, escuto baixinho e sussurrado o tom grave no meu pescoço que me diz 'mulher, como tu tá cheirosa'. São coisas bonitas, simples mas bonitas. Talvez bobas. Mas que me fazem agradecer por nossos quilômetros serem apenas de distância. Como num passe de mágica é do meu lado que tu estás completando o encaixe de um abraço até eu abrir meus olhos de novo.
É assim que gosto de te ter: perto, mesmo longe.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vinte e três horas e sempre penso em ti. Mesmo horário, sempre sempre. Espero mais meia hora, vinte e três e trinta e sei que logo logo você chega, logo logo o telefone toca. Espero como quem espera o sol nascer, uma flor desabrochar. Daqui uns dias tudo isso faz mais sentido, eu juro. Até lá: espero, imaginando que a flor que desabrocha é meu sorriso quando corro pra te ter de novo.
Até lá conto os minutos até chegar a hora do meu dia em que eu sou só tua, sem intervenções. Minha constante espera é pra ser tua de novo, pra ser a tua "o que quiseres que eu seja" - se é que me entendes...- independente da hora do dia. Enquanto não sou tua do teu lado, espero. Um dia tudo isso faz mais sentido, eu sei.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Enfim, minhas aulas acabaram. Seria fácil pensar que é simples assim, mas não consigo por em palavras devido a quantidade de coisas que esse fim carrega junto. Sempre fui chorona, mesmo quando me fingia de forte; agora, me finjo de chorona pra ser mais forte do que tento ser. Fato é que até agora não chorei por isso, talvez porque pra mim a época de escola já havia começado a acabar há alguns meses. Além disso, sabia que precisava ser forte e enfrentar de frente as coisas quando elas chegassem. Porque elas sempre chegam, alheias ao nosso querer ou não.
Para alguns, essa fase que termina é uma determinação de que é necessário crescer, que a adolescência termina, e que além desse crescimento é necessário se desprender de certas afetividades e perceber quem é de verdade ou não. Mais do que tudo isso, é uma fase para descobrir a si mesmo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

por Clarice Lispector

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa...
Não altera em nada porque no fundo a gente não está querendo alterar nada.
A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro.