Dos Aniversários:
- Fechaosolhosefazumpedido.
Fiz o pedido, falei de estrelas e não conto pra ninguém.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Tombo de Bicicleta
desce a lomba em alta velocidade,
vento no rosto, cabelos ao vento,
faz a curva e freia bruscamente.
cair de bicicleta é dar de cara com a realidade
(só depois que dói).
vento no rosto, cabelos ao vento,
faz a curva e freia bruscamente.
cair de bicicleta é dar de cara com a realidade
(só depois que dói).
domingo, 23 de setembro de 2012
terça-feira, 31 de julho de 2012
sábado, 14 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
Rabisco
Primeiro te amei
sem dó, sem piedade
sem eira nem beira
sem tirar nem por
(porque é sempre tão dificil escrever sobre nós dois?)
sem dó, sem piedade
sem eira nem beira
sem tirar nem por
(porque é sempre tão dificil escrever sobre nós dois?)
sexta-feira, 1 de junho de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Irreversível
O calor anormal do fim de maio me ferveu por dentro,
fez as palavras transbordarem, vir à tona.
Das certezas de agora, só tenho uma: eu voltei.
fez as palavras transbordarem, vir à tona.
Das certezas de agora, só tenho uma: eu voltei.
Casí Tormenta
mayo se quedaba interminable:
hojas secas del calor,
árboles casi sin ningún color,
un bochorno no transpirable,
una historia sin final.
ella caminaba por las calles
- sinfonía debajo los piés descalzos -
no reía, ni lloraba.
tenía ganas de lluvia,
nada más.
(poco a poco me pongo a escribir en español)
hojas secas del calor,
árboles casi sin ningún color,
un bochorno no transpirable,
una historia sin final.
ella caminaba por las calles
- sinfonía debajo los piés descalzos -
no reía, ni lloraba.
tenía ganas de lluvia,
nada más.
(poco a poco me pongo a escribir en español)
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Dos recortes
Aos dezesseis construí detrás da porta do quarto um mural de recortes de revista, cujo qual nunca terminei. Por muitas e muitas vezes quis findar, encerrar; e procrastinei tantas e tantas vezes que, quatro anos depois, os recortes continuavam lá, detrás da porta do quarto, grudados com durex, a minha espera, amarelados, admito, mas lá. Nunca os atendi.
Aos quase vinte anos mudei as prateleiras do quarto, doei roupas sem uso, me desfiz dos bichos de pelúcia, mas os recortes, estes continuavam lá. Foi bom enquanto durou nossa existência, eu pensei. Foi bom enquanto compreendia o que aquilo me dizia. Levo os recortes todos comigo, guardo tudo com carinho. Talvez comece tudo outra vez, talvez não. E eu, que gostava tanto de escrever sobre os talvezes, volto a escrevê-los. Talvez encontre outros recortes, sim, e continue guardando tudo aqui dentro.
Recortando, todo dia, mas guardando tudo quietinho, sem gritar, sem expor; porque é assim: a gente ser, estar, em construção.
Aos quase vinte anos mudei as prateleiras do quarto, doei roupas sem uso, me desfiz dos bichos de pelúcia, mas os recortes, estes continuavam lá. Foi bom enquanto durou nossa existência, eu pensei. Foi bom enquanto compreendia o que aquilo me dizia. Levo os recortes todos comigo, guardo tudo com carinho. Talvez comece tudo outra vez, talvez não. E eu, que gostava tanto de escrever sobre os talvezes, volto a escrevê-los. Talvez encontre outros recortes, sim, e continue guardando tudo aqui dentro.
Recortando, todo dia, mas guardando tudo quietinho, sem gritar, sem expor; porque é assim: a gente ser, estar, em construção.
terça-feira, 3 de abril de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
- Mãe, o que significa arriscar? - é o que o menininho pergunta a sua mãe, no banco do fundo do ônibus.
Por um instante, passa na cabeça da mãe o risco e o rabisco. Mas passa também o universo de contraposições que separam aquilo que é riscado, e portanto, concretizado, daquilo que é só risco, e portanto, arriscado.
A mãe pensa em seus erros, seus acertos, muitos incompreensíveis pros quatro anos do menininho de cabelos em molinhas; mas sabe que é melhor dar uma resposta, não omitir informáções e muito menos ir contra o que acredita. Arriscar seria desenhar sem borracha, só com canetinha hidrocor, é o que o menino entenderia. Mas prefere simplesmente dizer:
"Ah, meu filho, deixa pra lá."
E o ônibus segue andando, (ar)riscando o mapa da cidade.
Por um instante, passa na cabeça da mãe o risco e o rabisco. Mas passa também o universo de contraposições que separam aquilo que é riscado, e portanto, concretizado, daquilo que é só risco, e portanto, arriscado.
A mãe pensa em seus erros, seus acertos, muitos incompreensíveis pros quatro anos do menininho de cabelos em molinhas; mas sabe que é melhor dar uma resposta, não omitir informáções e muito menos ir contra o que acredita. Arriscar seria desenhar sem borracha, só com canetinha hidrocor, é o que o menino entenderia. Mas prefere simplesmente dizer:
"Ah, meu filho, deixa pra lá."
E o ônibus segue andando, (ar)riscando o mapa da cidade.
domingo, 11 de março de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Seis pontos na cabeça, amnésia temporária e um esfolão no braço.
Isso não doeu.
Nada havia doído tanto do que pensar que perderia seu pai cedo demais, sem ter lhe dado um beijo na bochecha na porta do trabalho.
Felizmente, não chegou a doer.
(minha forma de dizer o quanto amo meu pai e o quanto tive medo de perdê-lo, na última quarta-feira)
Isso não doeu.
Nada havia doído tanto do que pensar que perderia seu pai cedo demais, sem ter lhe dado um beijo na bochecha na porta do trabalho.
Felizmente, não chegou a doer.
(minha forma de dizer o quanto amo meu pai e o quanto tive medo de perdê-lo, na última quarta-feira)
Domingo
Domingo é sempre um dia morno, um dia domingo. Como definir um dia da semana pelo seu próprio nome? Não sei, mas o domingo se auto-define. O domingo se alastra pela tarde diferente das segundas, terças, quartas, quintas e sextas-feiras. No domingo as pessoas só existem pela manhã, ou após o final de tarde; do meio-dia às seis é como se o tempo parasse e as pessoas evaporassem.
Gosto da calmaria de domingo numa cidade pequena do litoral, tão, tão, tão diferente da capital...
Nesse tempo trabalhando nas férias, sem folgas nem descansos, percebi que o domingo é o dia que mais me faz pensar. Talvez, porque, pensar tenha sido o meu modo de fugir pra um tempo-espaço que eu quero descobrir dentro de mim.
Lá fora a tarde corre, e os carros passam devagar. É, não me deixo mais sentar na poltrona num dia de domingo.
Gosto da calmaria de domingo numa cidade pequena do litoral, tão, tão, tão diferente da capital...
Nesse tempo trabalhando nas férias, sem folgas nem descansos, percebi que o domingo é o dia que mais me faz pensar. Talvez, porque, pensar tenha sido o meu modo de fugir pra um tempo-espaço que eu quero descobrir dentro de mim.
Lá fora a tarde corre, e os carros passam devagar. É, não me deixo mais sentar na poltrona num dia de domingo.
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