terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Naquela manhã o que eu mais queria era sentir o cheiro de café que da cozinha surgia. Mesmo que não gostasse de café, mas sentir o aroma cafeinado faria com que eu me sentisse em casa. Já passava das dez horas da manhã, e eu não abria os olhos e esperava por aquela chamada no celular.
A culpa é quase sempre daquelas palavras aprisionadas que por vezes arranham as entranhas da minha garganta e me tiram da cama pra vir à tona, aqui, jogar pra fora o que reprimido está nesse ato submisso, incontrolável e subjetivo de fazer toscas palavras terem mais sentido que as lágrimas que brotam dos meus olhos no mesmo vai-e-vem do aroma de café que vem da cozinha nessa terça-feira.