segunda-feira, 28 de abril de 2008

Febril

Latente em minha cabeça, não as tuas palavras, mas sim as dores e não as que tu me causa. Não é a tua presença que me abate, é a minha doença que me corroe. Não é a tua mão que me esquenta nesse frio da noite, são cobertores avulsos de lã de ovelha, e é assim que eu durmo e penso antes de dormir: contanto carneirinhos.
São em dias como hoje que eu olho pela janela e imagino lá fora alguém como tu. Alguém perdido, entre o que eu te roubei e o que tu me deixou.

Frio lá fora, febre aqui dentro.

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