terça-feira, 8 de junho de 2010

Eu aqui, tu aí. Não os 530 km de costume, mais um pouco, quase 600 segundo o google maps. É esquisito, tu ai, eu aqui. Eu tão acostumada com as minhas boas e velhas coisas, e tu num mundo que eu nem sei como é, com cores que eu não conheço, ruas que eu não conheço. Sei que uma semana passa rápido, eu sei. O que me dói, me inquieta é essa distância que eu não conhecia, que tô tendo que conhecer mesmo sem querer. É tudo tão vazio! Chega tal hora e inconscientemente penso em te esperar, em te contar o meu dia e ouvir o teu; tenho saudade das nossas coisas boas e bobas. Confesso que acordo durante a noite e ainda parece que tô dividindo o mesmo colchão de solteiro contigo, quando te confesso isso tu me diz que essa verdade é a mesma pra ti.
Como não sei nada do universo que tu está habitando agora, eu fico pensando coisas atoa como por onde tu andará, o que tu estará fazendo, qual teu cheiro agora, qual teu sorriso... Coisas tão simples e tão bobas e tão intensas e tão nossas.
Calo buscando-te em mim. Calo querendo teu sorrisinho timido, mas tão sincero. Fico pensando se tu andou descalço, a quantas anda a tua gripe, se te alimentou bem, se fez a barba, se tá quentinho nesse frio de junho. Me faço tantas perguntas, menos bobas que as de antes, as de agora são mais bonitinhas, das besteiras do mês passado eu já esqueci...
Calo buscando a parte de ti que tu deixou em mim anteontem no meu portão (e já parece tanto tempo). Dessa vez tu levou e me deixou uma parte bem maior que das outras vezes (e sei que a parte tende a ser cada vez maior). Sei que tu só vai ler essa confissão quando voltar, mas queria por em palavras que sinto tua falta. Mais do que sentir tua falta queria rir contigo, sentir teu calorzinho, saber que tu tá bem e ficar bem também. Dizer que sinto tua falta em quase tudo é tão clichê, mesmo sendo sincero. É inevitável não pensar em ti, queria te esperar com um abraço bem apertado & pequeninho, um abraço bem meu.
Antes de dormir, como de costume, sempre penso em nós. Agora penso com mais força, fecho os olhos e pego no sono mais rápido... É dormindo que te tenho pertinho de mim, como num sonho. No sonho real que a gente vive.

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