segunda-feira, 19 de maio de 2008

estúpido: amor

O amor é estúpido. Eu, mais ainda. O amor me deixa estúpida, faz eu me jogar de abismos, me perder em meus passos e afogar-me em minhas lágrimas. A minha estúpidez deixa o amor estúpido, e mais nada. Nada além de uma estupidez, mórbida e ausente de juízo. O amor é um amontoado de sentimentos que não se diferenciam. O meu amor é eterno, já o alheio é efêmero: estúpido. E assim sou, estúpida e efêmera; facetada: alternando apenas o ângulo em que se vê. Sou um caleidoscópio de reflexos, mas não de cores, e sim de angústias e inseguranças. O amor me têm, a estupidez me consome - por consequência. O amor é estúpido e minha estupidez não se compara à estupidez do amor. A minha face é estúpida, o meu pranto é estúpido, e eu mais ainda - mais que todas as coisas do mundo multiplicadas por mil ou um milhão. E assim sou, sem tirar nem por, nada além da minha condição de estúpida, estúpida flor.

Então, estúpida, cala-te. Descansa tua voz rouca e somente chora, até o sol raiar tua estúpida agonia pelas frestas da porta do corredor.

2 comentários:

Thiago F.B disse...

O amor sempre faz isso com a gente...
e por mais que eu tenha amor sobre as pessoas que vão chegando na minha vida...nunca mais foi tão intenso ou irracional como era quando eu estava entre uns 14 aos 18...
Coisas desse tal de amor que se transforma e nos transforma junto com ele!!!
bju linda...

Rita disse...

e todas as cartas de amor são ridícular, como dizia Álvaro de Campos!!!