domingo, 23 de setembro de 2007

Colírio.

O essencial é invisível aos olhos.
Só se vê bem com o coração...

Colírios, Colírios para se ver com os olhos.

as nossas pessoas e as outras pessoas; os nossos relacionamentos e os relacionamentos dos outros; a nossa casa, a casa dos outros e a nossa casa de praia. quem vê de fora quem vê de dentro. todos têm a mesma relação com tudo. tudo parece com tudo. toda situação lembra outra que tu teve há um tempão atrás? pq? aaah, sei lá.

qual a primeira coisa que tu nota quando tu entra em uma casa? qual a primeira coisa que tu nota quando tu vê uma pessoa? o que tu nota no relacionamento dos outros?
mas agora: o que tu repara quando tu entras na TUA casa? o que tu repara quando tu te olhas? o que tu repara nos teus relacionamentos?
o que te incomoda, na verdade não me incomoda.
o problema é a distancia, essa distãncia cretina e quilometrica, entre todos os tipos de coisas. a distancia de pensamentos, eu diria...
vejo as nuvens laranjas, roxas, azuis... sei que tenho que tirar as cutículas, sei que tenho que espremer um cravo no lado direito do nariz. mas o que o outro repara é a maneira que eu falo sorrindo ou o péssimo hábito de arrumar o cabelo. na verdade reparou que eu sou desligada, eque eu falo demais (eu diria).

repara na cor da parede, na manta do sofá. repara na rachadura no teto, no mofo atrás da TV do meu quarto. repara no sorriso, no olho, na maneira como gesticula. repara nas espinhas, repara na orelha, que esta na hora de cortar o acbvelo de novo, sem ao menos me perguntar se eu não quero deixar ele assim, ou se quero deixar ele crescer. repara em como eles brigam em como eles se apóiam. repara no abraço mal apertado em uma despedida, repara na forma como ela chora, quase que o tempo todo. repara no que ela pensa "quase chorando sempre, e sempre morrendo um pouco".

tudo é conexo, tudo é desconexo.

passam os tempos. a fórmula é o tempo. depois de messes parece que tu sempre conversou com aquela pessoa, mesmo tu sabendo só um décimo sobre a vida dela. depois de anos parece que tu não conhece mais ninguém e se auto entende muito pouco. é nostálgico demais, é solitário demais. então encontra novas pessoas com pessoas semelhantes, encontra brilhantes idéias, com semelhantes medos e dores.

depois de um tempo dentro da casa ela não se parece mais tão feia, parece até confortável. depois de um tempo as pessoas não te parecem mais tão fascinantes, cheias de mistérios e se tornam mais humanas simplesmente.

paradoxalmente pode acontecer tudo completamente ao contrario.


"a concretização da verdade nem sempre condiz com a tua sinceridade" (fragmento de uma conversa que tive com esse tipo de pessoa que a gente acha que conhece, mas conhece muito pouco)

2 comentários:

Anita disse...

Estive estudando exatamente sobre o conexo e o desconexo hoje...daí achei vc lá na comunidade dos PRazeres Amélie Poulain e quando venho ao BLog encontro este post! rs

Adorei seu blog!

=**

postei o meu lá: www.baudosraros.blogspot.com Que nem é tão meu assim, é de quem quiser! Quem vier!

Thiago Floriano Barbosa disse...

oi linda...as vezes penso assim também...até pq tenho alguns amigos e amigas que fiz na internet ao longo desse ano...assim como vc...hehehhehehehe
alguns já conheci pessoalmente e como vc disse...apesar de parecerem mais humanos gosto mais deles agora...pq valorizo o quanto são especiais!!!! Tem alguns que não conheci pessoalmente ainda...mas acho que a reação vai ser semelhante...
Questiono algumas coisas como vc disse também...e me lembro de alguns parentes me dizendo coisas que eu deveria ou não fazer...enfim...tão iguais e tão diferentes esse seres humanos né!!!
Lá de onde venho...em Marte...as coisas são mais fáceis...hehehehe
bjo...