segunda-feira, 9 de setembro de 2013

- e ir aonde o vento for

das ironias da vida que compreendi nos últimos dias
ainda engasgo pensando no ritmo das coisas inexplicáveis e irremediáveis.
ainda exito na linha tênue entre o mundo onírico e o mundo real.
ainda, ainda.

há, nesse amontoado confuso de lembranças transpostas pro presente,
algo que me faz pensar se tudo está onde deveria estar.
ou, ainda, se eu estou onde deveria estar.
não sei, não sei.

como saber?

fecho os olhos e me coloco no tempo presente:
pessoas transpostas de lugar, tempo-espaço desconexo,
músicas descompassadas, o tempo voando.

a vida me fazendo me sentir pequena perto do universo
esse tão grande, tão sábio.
uma fita-cassete rebobinada e amassada,
em que a tela da tevê (minha retina, no caso), não reproduz a ordem exata dos fatores,
mas a ordem arbitrária daquilo que o mundo quer que eu veja, viva.

eu, tão pequena.
o universo tão imenso
noite adentro
lá fora.

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