domingo, 10 de janeiro de 2010

Tenho pensado muito no tempo, já é de se perceber. O tempo brinca de pega-pega com a gente, cheguei a essa conclusão. Ou talvez sua brincadeira preferida ao invês de pega-pega seja esconde-esconde. Não importa. O tempo tem brincado comigo, e eu não tenho fugido dele, nem me assustado.
Às vezes leio umas coisas antigas daqui, por diversão, pra lembrar como eu me sentia, como eu era. Apesar de ter mudado muito, sei que não mudei nada. E é isso que me faz pensar no tempo, nas coisas que eu ouvia (e ainda ouço), no que eu sentia (e ainda sinto) e nas dúvidas transformadas em certezas. O que são dois anos? Vinte quatro meses? Ou setecentos e trinta dias pra quem preferir?
Muita coisa, é verdade. Meu riso é por perceber dois anos depois o mesmo cheiro adocicado, o mesmo portão batendo e a mesma música na minha cabeça quando recosto meus sonhos no travesseiro depois da nossa clássica despedida.

Um dia tu disse que era por tempo indeterminado, né?

(não deixei de acreditar nisso)

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