quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O telefone toca. São exatas cinco horas da tarde, eu sei que ele toca pra mim mas me distraio entre as páginas do caderno de cultura do jornal. Atendo o telefone procurando pela voz de um ano atrás e não pela que eu ouço. Procuro em abraços de outros os que eu não tenho mais. Procuro no voletom verde o cheiro que já não há.
A voz continua a me falar coisas (sem nexo) e eu penso em desligar na tua cara, por não receonhecer a tua voz. Queria mesmo era ligar praquele número que eu rebusco na memória...
A voz do outro lado do telefone (aquela que eu não reconheço) continua a me chamar e eu muda, quieta, atônita, sem me mover. Não, eu não falo nada! Sim, eu procuro pela outra voz, pela outra forma de chamar meu nome!

três, dois, dois, sete, nove, três, três e quatro.

Eu ainda me lembro?

O telefone toca duas vezes, atendem, eu pergunta pela voz que eu conheço e não, ela não está. tututututu...



"Mudaram as estações
Nada mudou
Mas eu sei que
Alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim
Tão diferente..."

3 comentários:

Thiago F.B disse...

Vovó representa pra mim praticamente o que uma mãe represente pra um filho...
ela tem importância fundamental na minha criação e eu amo muito ela!!!
Deveria de ter um dia da vó pra nós fazermos um feriado e tals!!!!
hehehehe
bjo linda!!!

Dianety disse...

E dizem que o sempre sempre acaba.. Nada. Tem memórias, lembranças e sentimentos, sempre vivos dentro da gente.

Morganna disse...

, porque saudade é bonita.