terça-feira, 12 de novembro de 2013

Notas sobre uma doença invisível III

Tenho lido muito, pensado muito. Não lembro há quantos anos tive tantos momentos de introspecção. Não lembro também há quantos anos me sentia tão próxima da minha mãe. Descobrir-me doente me trouxe, apesar de tudo, coisas muito boas. Gostos que gosto de desfrutar lentamente, pouco a pouco, na boca.
Tenho unido forças pra voltar à rotina. Tenho preparado a mente e o corpo pra me adaptar a vida de antes, mas diferente do que eu era.
O corpo cansado pede trégua. Há dias melhores, há dias piores. Entre aprender a conviver com a dor e redescobrir meu próprio corpo, eu me descobri muito mais forte do que sempre pensei ser e é por isso que sigo. Amanhã é um novo dia e é preciso estar forte pro que tiver que ser. E o que tiver que ser, será.

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