terça-feira, 29 de maio de 2012

Casí Tormenta

mayo se quedaba interminable:
hojas secas del calor,
árboles casi sin ningún color,
un bochorno no transpirable,
una historia sin final.

ella caminaba por las calles
- sinfonía debajo los piés descalzos -
no reía, ni lloraba.

tenía ganas de lluvia,
nada más.




(poco a poco me pongo a escribir en español)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Dos recortes

Aos dezesseis construí detrás da porta do quarto um mural de recortes de revista, cujo qual nunca terminei. Por muitas e muitas vezes quis findar, encerrar; e procrastinei tantas e tantas vezes que, quatro anos depois, os recortes continuavam lá, detrás da porta do quarto, grudados com durex, a minha espera, amarelados, admito, mas lá. Nunca os atendi.
Aos quase vinte anos mudei as prateleiras do quarto, doei roupas sem uso, me desfiz dos bichos de pelúcia, mas os recortes, estes continuavam lá. Foi bom enquanto durou nossa existência, eu pensei. Foi bom enquanto compreendia o que aquilo me dizia. Levo os recortes todos comigo, guardo tudo com carinho. Talvez comece tudo outra vez, talvez não. E eu, que gostava tanto de escrever sobre os talvezes, volto a escrevê-los. Talvez encontre outros recortes, sim, e continue guardando tudo aqui dentro.
Recortando, todo dia, mas guardando tudo quietinho, sem gritar, sem expor; porque é assim: a gente ser, estar, em construção.
e maio se finda uma folha de plátano, varrida, sempre outono.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

então abril chega rasgando saudades na pele dourada de março.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Que abril me traga todos os sorrisos que março me roubou. Que venha com bons ventos, que me traga sorte e amor, que não me deixe sofrer por favor. Que esse mês tudo dê certo.


Caio, sempre Caio.