segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

eu aceitaria com todas as primeiras, segundas e terceiras intenções:
- um colo teu essa noite
- uma companhia na rede, na brisa do mar
- um pé gelado encostando o meu
- cochicho no meu ouvido
- um abraçar de quase se juntar
- carinho gostoso
- amor venenoso
- esmagamento mútuo
- cócegas na barriga
- cócegas no pé
- risadas bobas
- banho de mar a noite
- coisas que não posso dizer aqui
- que me levasse em casa de madrugada
- passeios de motocicleta de noite no vento
- sorvete de melão
- suco de abacaxi
- beijinhos de bom dia, de boa noite, de despedida, de amorzinho

ah, cansei de listar, mas eu aceitaria tanta coisa que viesse de ti. pena que ainda tenho que esperar pra poder consumar tudo que escrevi aqui.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

então, já parou pra pensar há quanto tempo se conhecem?
- hmm, quase três anos. respondeu quase sem pensar, pois sabia a resposta. mas essa pergunta a desacomodara, fazendo-a ter outras perguntas bobas: quanto dura o amor? será mesmo que ele é feito pra se contar?
talvez nunca fosse achar uma resposta, mas sabia muito sobre ela, sobre os dois. talvez tenham se gostado desde o momento que se viram, talvez não. sabia de tantas e tantas coisas dos dois, tantos detalhes, que não se preocupava em pensar no daqui pra frente.
tudo que ela tinham já a completava.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

não há pressa, não há passos. se tateio no escuro só ouço silêncios. se me calo, te escuto. deixei o melhor de mim perto de ti e, agora, não há mais volta. ou, até há, mas a volta e o futuro sempre tardam, já o presente é sempre tão breve.
não tenho pressa, tenho urgências. tenho um pedaço faltando, um vazio por dentro, um coração apertado, uma saudade sem fim. tenho passos descompassados, te tenho aqui. eu que não me tenho mais em mim?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Durante todos os dias, de todo o tempo que passaram juntos ela sempre fora um mundo novo pra ele. Estatura pequena, mil e um mistérios a serem descobertos, pouco menos de sete botões a serem abertos na blusinha de frufru. Uma boca macia, um perfume fresco. Olhos castanhos de caleidoscópio, mil e uma formas em uma só, a constelação num sorriso branquinho, mil fios de cabelos, calor primaveril nas bochechas. Podia não ser perfeita, mas sua presença era tão infinita quanto única. Pra ele.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

microconto

Tinha as ideias mais brilhantes na hora do banho - ou elas viravam espuma, ou se iam pelo cano.