um caderno na bolsa:
páginas amassadas, páginas arrancadas, páginas em branco
histórias mil do que poderia ter sido e não foi
tatear no escuro
analogias com um futuro a ser escrito
o que há de vir, o que há de faltar
a insustentável leveza de ser
- entrelinhas -
sábado, 3 de agosto de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
True Love
- Eu nunca conheci, nunca falei, nunca estive com um garoto com quem eu pensasse em me abrir totalmente. Creio que o motivo de você estar com alguém é que pode conversar e contar tudo até quando está naquele pior momento... E mesmo assim ele gosta de você, conversa e se preocupa.
- Mas você não sente que encontrou alguém assim?
- Não, quem na minha idade encontra um amor e permanece com ele para sempre? Isso não acontece.
- Tudo na sua idade é complicado, vai achar alguém assim. No final disso tudo terá uma amizade, não?
- É isso que eu quero. Uma amizade verdeira com alguém. Alguém que possa confiar todos os meus segregdos, meus hábitos estranhos, minhas pequenas nerdices.
... E ainda assim ele me amar.
(para assistir online: http://www.seriesparaassistironline.com/2012/06/assistir-serie-true-love-online.html)
- Mas você não sente que encontrou alguém assim?
- Não, quem na minha idade encontra um amor e permanece com ele para sempre? Isso não acontece.
- Tudo na sua idade é complicado, vai achar alguém assim. No final disso tudo terá uma amizade, não?
- É isso que eu quero. Uma amizade verdeira com alguém. Alguém que possa confiar todos os meus segregdos, meus hábitos estranhos, minhas pequenas nerdices.
... E ainda assim ele me amar.
(Holly & Karen)
(para assistir online: http://www.seriesparaassistironline.com/2012/06/assistir-serie-true-love-online.html)
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Eu não sei porque um dia imaginei um final feliz pra nós dois.
Maio iniciava, as noites já começavam mais cedo e as folhas de outono já haviam caído quase todas. Era madrugada, o silêncio da apartamento invadia os corpos desde a calçada até o último andar do edifício.
Ela morava no nono. Nove andares de escadas sinuosas que um dia subiram juntos, num outro flutuaram e tempos depois enfrentou sozinha novamente seus degraus.
Se hoje é silêncio que invade os corpos, outrora foi amor, outrora foi prazer, outrora foi tesão.
Porque nove andares de escada podem ser muito, como podem não ser nada.
E nada no mundo do tudo que poderia ter sido e não foi é tudo que se deixou pra trás, tudo que não se ousou dizer.
Podia haver uma história, mas se calou vezes demais. O que foi dito já nem faz sentido.
É só mais um motivo pra dizer que esse tal final feliz foi ter buscado outros finais felizes pra uma história sem fim e nem meio.
Ainda faz outono lá fora, outra vez.
A vizinha ainda ouve música clássica em horários impróprios.
O livro do Quintana ainda marca o poema do espantalho inútil.
As cinzas do incenso, ainda cinzas.
Não há espera, não há desilusão.
Inútil seria imaginar um final feliz pra quem nunca existiu.
Maio iniciava, as noites já começavam mais cedo e as folhas de outono já haviam caído quase todas. Era madrugada, o silêncio da apartamento invadia os corpos desde a calçada até o último andar do edifício.
Ela morava no nono. Nove andares de escadas sinuosas que um dia subiram juntos, num outro flutuaram e tempos depois enfrentou sozinha novamente seus degraus.
Se hoje é silêncio que invade os corpos, outrora foi amor, outrora foi prazer, outrora foi tesão.
Porque nove andares de escada podem ser muito, como podem não ser nada.
E nada no mundo do tudo que poderia ter sido e não foi é tudo que se deixou pra trás, tudo que não se ousou dizer.
Podia haver uma história, mas se calou vezes demais. O que foi dito já nem faz sentido.
É só mais um motivo pra dizer que esse tal final feliz foi ter buscado outros finais felizes pra uma história sem fim e nem meio.
Ainda faz outono lá fora, outra vez.
A vizinha ainda ouve música clássica em horários impróprios.
O livro do Quintana ainda marca o poema do espantalho inútil.
As cinzas do incenso, ainda cinzas.
Não há espera, não há desilusão.
Inútil seria imaginar um final feliz pra quem nunca existiu.
domingo, 14 de abril de 2013
Inspirações II
você pode até dizer que eu tô por fora
ou então que eu tô inventando
mas é você que ama o passado
e que não vê que o novo sempre vem
ou então que eu tô inventando
mas é você que ama o passado
e que não vê que o novo sempre vem
Assinar:
Postagens (Atom)