quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Precisou esperar que passasse a bola de lágrimas que se formou em sua garganta para, então, poder telefonar. Mas era madrugada e tinha acordado de repente. Sobresaída de um sonho mais real que de costume queria realmente que fosse real. Como num sonho, real e imaginário fundiam-se em um só universo. Ela sonhava. Sessou a bola de lágrimas na garganta e pensou que era melhor voltar a dormir, mesmo sem conseguir voltar ao sonho e mesmo querendo simplesmente telefonar.
domingo, 23 de novembro de 2008
Não sei. Não entendo. Muito disso foge da racionalidade, das explicações que tentamos encontrar. Mas é quase sempre ele quem me conforta. Em todos os bons e nem tão bons momentos. Ele, as palavras e o abraço exato ao meu, que segue ainda comigo depois de todo esse tempo. E, diferentemente de tantas outras coisas mutáveis que ficam pelo caminho, mais concreto e mais estável é o que fica comigo, aqui dentro, batendo forte a cada instante.
Porque metade de mim sempre fica, e a outra metade vai. Mas volta.
Porque metade de mim sempre fica, e a outra metade vai. Mas volta.
domingo, 16 de novembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Quero, quero, quero.
Os meus quereres eu sei quase todos de cor e, vez em quando, é neles que eu encontro minha válvula de escape, minha porta de saída, o ponto cego do meu nó. Eu quero tudo, eu não quero quase nada. É isso que me dizem nos dias que eu não controlo o meu estado de espírito. Mas sei bem o que queria (e o que quero). Queria fugir, queria ficar, queria sorrir e queria chorar. Tudo junto, tudo ao mesmo tempo. Quero tudo, e meu tudo é muito pouco.
Mas mesmo assim quero. Um pouco mais do que deveria querer e um pouco menos do que consigo carregar dentro do peito. Quero, quero, quero. De tanto querer, como já dizia a mãe, um dia vira realidade, só que a realidade só vêm quando o querer é de coração.
Entre os meus quereres quase todos de cor, tem um deles que eu mais quero quero quero. Quero de uma forma tão inexplicável, das coisas mais pequenas aos meus sonhos depois que eu fecho os olhos e descanso e calo buscando o meu querer.
Mas mesmo assim quero. Um pouco mais do que deveria querer e um pouco menos do que consigo carregar dentro do peito. Quero, quero, quero. De tanto querer, como já dizia a mãe, um dia vira realidade, só que a realidade só vêm quando o querer é de coração.
Entre os meus quereres quase todos de cor, tem um deles que eu mais quero quero quero. Quero de uma forma tão inexplicável, das coisas mais pequenas aos meus sonhos depois que eu fecho os olhos e descanso e calo buscando o meu querer.
sábado, 1 de novembro de 2008
POR TRÁS DA VIDRAÇA
Sonhei que você sonhava comigo. Mais tarde, talvez eu até ficasse confuso, sem saber ao certo se fui eu mesmo quem sonhou que você sonhava comigo, ou ao contrário, foi quem sabe você quem sonhou que eu sonhava com você. Não sei o que seria mais provável. Você sabe, nessa história de sonhos — falo o óbvio —, nunca há muita lógica nem coerência. Além disso, ainda que um de nós dois ou os dois tivéssemos realmente sonhado que um sonhava com o outro, também é pouco provável que falássemos sobre isso.
-Caio Fernando Abreu-
Assim como o Caio Fernando Abreu, que já me tirou tantas vezes a sensatez e o sono, também me pergunto por que, raios, a gente tem que partir. Partir sem saber, mesmo com tantas e tantas evidencias, se tudo isso é realmente amor ou não. Sem saber porque a minha insegurança me priva de achar respostas e razões para o amor, mesmo ele sendo irracional. Partir e ao mesmo tempo ficar, e mesmo assim não achar nenhuma resposta, tampouco explicação. Partir à procura do porto-segura, da ilha perdida; à procura da resposta mais que óbvia e que mesmo assim não vejo e não compreendo.
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