quinta-feira, 20 de março de 2014

Não sinto fome.
Sinto na boca essa sede amarga dos teus lábios doces.

Que eu não sabia que tinha, que não sabia que vinha,
que chegou seilá de onde, sei nem por quê.

Me trouxe lembranças boas de dentro da gaveta da memória.
Essas tão escondidas, nem lembrava delas mais.

Me fez menina, me fez ter planos,
depois me fez mulher outra vez.

Me desassossegou, me virou do avesso,
me deixou nua e não tive medo.

Dormi o sono dos justos e quando acordei, tive certeza:
senti saudades de sentir saudade.

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